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Justiça do Trabalho determina manutenção de 70% dos funcionários nos hospitais e nas UPAs administrados pelo IgesDF

Greve dos auxiliares e técnicos em enfermagem começou às 00h desta terça-feira (10). Assembleia, iniciada às 9h40, decidiu pelo fim da paralisação. Auxi...

Justiça do Trabalho determina manutenção de 70% dos funcionários nos hospitais e nas UPAs administrados pelo IgesDF
Justiça do Trabalho determina manutenção de 70% dos funcionários nos hospitais e nas UPAs administrados pelo IgesDF (Foto: Reprodução)

Greve dos auxiliares e técnicos em enfermagem começou às 00h desta terça-feira (10). Assembleia, iniciada às 9h40, decidiu pelo fim da paralisação. Auxiliares e técnicos em enfermagem pedem reajuste salarial no DF. Sindate/Divulgação O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região determinou, nesta terça-feira (10), que 70% dos auxiliares e técnicos em enfermagem devem trabalhar nos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) administrados pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Ou seja, 30% dos funcionários podem manter os serviços paralisados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. 📌 A greve dos auxiliares e técnicos em enfermagem começou às 00h desta terça-feira (10). A assembleia da categoria, iniciada às 9h40, na sede do IgesDF, na Asa Norte, decidiu pelo fim da paralisação às 13h. A categoria, que pedia reajuste salarial de 16% e mais benefícios aceitou a proposta do Iges de reajuste de 20%. A nova proposta aceita garante 20% de reajuste parcelado, com base no piso salarial da categoria: 10,83% em setembro e outubro de 2025 5% em março de 2026 5% em junho de 2026 Os auxiliares e técnicos em enfermagem do Iges também conseguiram: Auxílio transporte no valor de R$ 300 para quem reside fora da Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (RIDE) e não possuem acesso a transporte público; Auxílio saúde, com previsão de implementação até o final de julho de 2025; Manter o valor atual do ticket alimentação. Além disso, a decisão da Justiça do Trabalho determinou a aplicação de uma multa diária de R$ 30 mil ao Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF). A determinação da Justiça do Trabalho acatou um pedido do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Ao g1, a diretora do Sindate-DF, Josy Jacob, afirmou que a categoria não vai se intimidar com a decisão. Além disso, ela disse que os auxiliares e técnicos em enfermagem estão há dois anos sem reajuste salarial (veja nota completa abaixo). Segundo o Iges-DF, todas as unidades de saúde estão funcionando, mas a UPA do Recanto das Emas está com uma restrição temporária no atendimento pediátrico por conta da menor disponibilidade de profissionais. Houve lentidão nos atendimentos, mas sem suspensão dos serviços essenciais, de acordo com o instituto (veja nota abaixo). Reivindicações dos auxiliares e técnicos em enfermagem Segundo o Sindate-DF, os auxiliares e técnicos em enfermagem pedem: Reajuste salarial de 16% Reajuste no auxílio-alimentação Ampliação do auxílio-transporte para toda a categoria Implementação do auxílio-saúde Unidades de saúde administradas pelo IgesDF UPA do Gama, no Distrito Federal. Davidyson Damasceno/Iges-DF/reprodução Ao todo, o IgesDF administra 13 UPAs e três hospitais no DF. Veja lista abaixo: Hospital de Base Hospital Regional de Santa Maria Hospital Cidade do Sol UPA de Brazlândia UPA de Ceilândia UPA de Ceilândia II UPA do Gama UPA do Núcleo Bandeirante UPA do Paranoá UPA de Planaltina UPA do Recanto das Emas UPA do Riacho Fundo II UPA de Samambaia UPA de São Sebastião UPA de Sobradinho UPA de Vicente Pires O que diz o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal "O nosso posicionamento é o posicionamento da Assembleia. Quem vai definir todos os rumos do movimento paredista é a Assembleia. Nós não vamos nos intimidar com a questão do 70%. Até porque hoje, nas UPAs e nos hospitais gerenciados pelo IGES, nós já temos um dimensionamento precário. Nós temos falta de profissionais. Os profissionais técnicos de enfermagem estão sobrecarregados todos os dias. Então, tirar 30 ou 70 não vai fazer tanta diferença, porque já existe uma sobrecarga, já existe um déficit. Então, qualquer número que nós venhamos a tirar do local de trabalho, isso vai impactar. E nós vamos continuar, até a gente ter uma contraproposta razoável por parte do IGES. Até porque já vai fazer dois anos sem reajuste salarial, e a proposta não é razoável, e a gente enxerga essa atitude do IGES. Como truculenta, porque eles não quiseram lançar nenhuma contraproposta, então nós vamos continuar com o movimento da forma e do formato que nós estamos hoje." O que diz o IgesDF "O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) informa que, apesar da paralisação dos técnicos e auxiliares de enfermagem iniciada nesta terça-feira (10), todas as unidades administradas pelo Instituto seguem funcionando, apenas na UPA do Recanto das Emas, houve necessidade de restrição temporária no atendimento pediátrico, devido à menor disponibilidade de profissionais. No entanto, demais serviços, incluindo cirurgias eletivas e de urgência, seguem normalmente. UTIs e Prontos-Socorros dos hospitais HBDF e HRSM mantêm o funcionamento sem intercorrências, até o momento. A paralisação provocou lentidão em alguns atendimentos, principalmente em unidades com maior demanda, mas não houve suspensão de serviços essenciais.Ainda não é possível quantificar com precisão o déficit, mas o impacto está sendo mitigado com a aplicação de um plano de contingência elaborado previamente. Desde que foi informada sobre a paralisação, a gestão se preparou com um plano de contingência para assegurar a continuidade da assistência. Além disso, acionou a Justiça do Trabalho para garantir o atendimento mínimo necessário à população. O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região determinou a manutenção de pelo menos 70% do efetivo nas unidades, sob pena de multa diária de R$ 30 mil ao sindicato da categoria em caso de descumprimento. O IgesDF segue aberto ao diálogo com os representantes sindicais, buscando soluções que contemplem os direitos dos profissionais sem comprometer a assistência à população. O Instituto também acompanha a mobilização anunciada pelos enfermeiros e permanece à disposição para diálogo com todas as categorias, com foco no equilíbrio entre as demandas trabalhistas e a continuidade do serviço público de saúde. O IgesDF reafirma seu compromisso com a saúde pública e com um atendimento digno à população, mesmo diante de cenários desafiadores." LEIA TAMBÉM: OPERAÇÃO: PF cumpre mandados de prisão no DF contra hackers que atacaram sistemas do governo 'EFEITO IMEDIATO': Justiça suspende lei que reconhece pacientes com fibromialgia como pessoas com deficiência no DF Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.