MP cobra que PM apure uso de spray de pimenta e explosivos 'sem motivo' em comércio de Santa Maria, no DF; veja vídeos

MP aciona Corregedoria da PM para investigar a conduta de policiais O Ministério Público do Distrito Federal abriu nesta segunda-feira (14) prazo de cinco dia...

MP aciona Corregedoria da PM para investigar a conduta de policiais O Ministério Público do Distrito Federal abriu nesta segunda-feira (14) prazo de cinco dias para que a Corregedoria da Polícia Militar comece a investigar a conduta de militares que usaram spray de pimenta e até explosivos contra moradores e comerciantes de Santa Maria sem que houvesse qualquer motivo. As imagens foram reveladas pela TV Globo no último sábado (12). Os moradores da região afirmam que estão sendo agredidos por integrantes da PM em abordagens irregulares e sem justificativa. Em uma das imagens, é possível ver que a rua está praticamente deserta. Um carro da Polícia Militar estaciona perto de um veículo privado, um dos policiais desce e dispara spray de pimenta contra a janela do motorista, que estava aberta. Sem motivo, PM dispara spray de pimenta contra pessoas em carro fechado no DF ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Em seguida, o PM volta para a viatura e vai embora – enquanto os ocupantes do outro veículo, sufocados, descem em busca de ar puro. Em outro registro, também com a rua quase vazia, três PMs descem de uma viatura e observam as fachadas. Em menos de um minuto, ele acende e joga dois artefatos explosivos na fachada de uma distribuidora de bebidas – mais uma vez, sem nenhuma motivação. Sem motivo, PM joga explosivos em fachada de distribuidora de bebidas fechada no DF Novas imagens Um novo vídeo obtido pela TV Globo mostra os policiais notificando a distribuidora de bebidas por funcionamento na madrugada, além do horário permitido. Nas imagens, no entanto, é possível perceber que o estabelecimento está fechado quando os policiais colam o aviso. Mesmo assim, o dono da loja foi multado em R$ 9 mil. As imagens mostram, ainda, que um dos PMs aponta uma lanterna para a lente da câmera de segurança para tentar dificultar o registro do vídeo. 🔎 Desde março, uma norma do governo do Distrito Federal limitou o funcionamento de distribuidoras de bebidas – proibindo que elas funcionem entre 0h e 6h. "A distribuidora fecha, e felizmente a gente tem o direito de ir e vir. A gente não pode impedir ninguém de ficar na frente. Mas a Polícia Militar não entende assim, eles querem que ninguém fique perto de local nenhum da distribuidora. Eles já chegam abordando grosseiramente, e a gente não tem nada a ver", afirmou à TV Globo o empresário, que pediu para não ser identificado por temer represálias. No sábado, o comerciante afirmou à TV Globo que não registrou ocorrência na Polícia Civil por medo. E que não sabe reconhecer quem são os policiais que aparecem diariamente na região. Sem motivo aparente, PM dispara spray de pimenta em carro fechado em Santa Maria, no DF Arquivo pessoal / Reprodução Equipes seguem trabalhando normalmente Quando a TV Globo revelou o caso no sábado, o porta-voz da PM do DF major Raphael Broocke afirmou que a apuração das imagens seria "imediata" – e que o caso poderia ser enquadrado como transgressão disciplinar ou até como crime militar. Nesta segunda, no entanto, as equipes do 26º Batalhão da PM (Santa Maria) estavam trabalhando normalmente, sem qualquer mudança nas escalas." "Primeiro, a gente precisa identificar quem eram os policiais que estavam ali nas filmagens. Precisa, também, verificar se a viatura é realmente da localidade – é possível que uma outra viatura esteja prestando apoio. A gente precisa também verificar o testemunho dos envolvidos e da possível vítima", enumerou Broocke. "Apesar do clamor da sociedade por uma resposta, a gente precisa ter cautela, justamente para o caso de ser identificado qualquer tipo de transgressão da disciplina ou crime militar", seguiu. LEIA TAMBÉM: MAIS TRUCULÊNCIA: Ministério Público do DF vai analisar abordagem de policiais na Asa Norte GOLPE DO AMOR: mulher de 62 anos perde R$ 50 mil para suspeito que dizia ter filha com câncer e trabalhar no Alasca Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.