Polícia Civil do DF prende organização criminosa que vendia 'cogumelos mágicos' para todo o país
Polícia prende organização criminosa que vendia 'cogumelos mágicos' para todo todo o país A Polícia Civil do Distrito Federal investiga uma organização ...

Polícia prende organização criminosa que vendia 'cogumelos mágicos' para todo todo o país A Polícia Civil do Distrito Federal investiga uma organização criminosa que vendia "cogumelos mágicos" para todo o país. Na manhã desta quinta-feira (4), a corporação prendeu nove pessoas e interceptou mais de 3 mil pacotes de cogumelos, que eram vendidos pelas redes sociais e entregues pelos Correios. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. A operação acontece no Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo. Segundo os investigadores, essa é a maior rede de produção e distribuição de cogumelos alucinógenos já identificada no Brasil. Das nove prisões, uma aconteceu em Águas Claras e uma Taguatinga, no DF. Polícia Civil do DF prende organização criminosa que vendia cogumelos alucinógenos para todo o país reprodução 🔎 Conhecidos como “cogumelos mágicos”, eles contêm psilocibina, substância psicodélica que altera a percepção sensorial, a noção de tempo e espaço e pode provocar experiências emocionais e visuais intensas. O delegado Waldek Fachinelli explica que os efeitos são parecidos com os das drogas sintéticas e estudos indicam que pode causar a morte. “Entre esses diversos efeitos estão a psicose, transtornos mentais, desconexão da realidade e paranoia. Pode haver, inclusive, aquela recorrência espontânea dos efeitos da droga, ou seja, anos depois, a pessoa pode apresentar a mesma reação”, afirmou o delegado. A substância é proibida pela Anvisa. Os investigados vendiam o produto de três formas: desidratados, misturados ao mel ou encapsulados. Como esquema funcionava Criminosos anunciavam 'cogumelos mágicos' pelas redes sociais PCDF O grupo criminoso usava as redes sociais e até influenciadores para atrair clientes, em sua maioria jovens frequentadores de festas de música eletrônica. As drogas eram enviadas pelos Correios para todo o país, utilizando o sistema de comércio denominado dropshipping - modelo de negócio de comércio eletrônico em que o vendedor comercializa produtos em uma loja online, mas não mantém o estoque físico. A investigação revelou que, embora a plataforma de vendas do Distrito Federal possuísse um cultivo próprio de cogumelos, sua capacidade era insuficiente para suprir a demanda da rede de distribuição. A polícia chegou então ao centro da operação que ficava em Curitiba (PR), onde galpões funcionavam como laboratório, e salas de cultivo e estrutura para produzir até 200 quilos de cogumelos por mês. Entre 2024 e 2025, foram identificadas 3.718 encomendas enviadas para o DF somando mais de 1,3 tonelada de cogumelos. O grupo investia no patrocínio de feiras e festivais de música eletrônica, ambientes que facilitavam o contato direto com potenciais consumidores e reforçavam a associação da marca com experiências de lazer. Influenciadores digitais e DJs eram recrutados como promotores, atuando na divulgação dos produtos ilícitos em redes sociais e eventos. A estimativa é que os investigados movimentaram R$ 26 milhões em apenas um ano. Os investigados irão responder pelos crimes de tráfico de drogas qualificado, lavagem de dinheiro, integração em organização criminosa, disseminação de espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna ou aos ecossistemas, promoção de publicidade abusiva e curandeirismo. LEIA TAMBÉM: ENTENDA: 'Crime da 113 Sul' pode prescrever? Condenação de Adriana Villela foi anulada 16 anos depois do triplo homicídio no DF SUSPEITO PRESO: VÍDEO mostra homem levando mulher para mata antes de cometer estupro no DF Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.