Vice do DF, Celina Leão critica 'guerra ideológica' sobre projetos que endurecem combate ao crime organizado
Vice-governadora do DF, Celina Leão, durante sessão que homenageou governo do RJ no Senado A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), criticou...
Vice-governadora do DF, Celina Leão, durante sessão que homenageou governo do RJ no Senado A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), criticou nesta quarta-feira (12) o que chamou de uma "guerra ideológica" em discussões sobre projetos de lei que endureçam o enfrentamento ao crime organizado no país. Celina discursou em uma homenagem ao governo do Rio de Janeiro durante sessão solene no Senado, em Brasília. Ela e o governador Ibaneis Rocha (MDB) são aliados do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). No discurso, Celina elogiou a atuação da polícia carioca durante a operação nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos; e declarou solidariedade aos quatro policiais mortos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. "Nesse momento eu quero deixar minha mais sincera solidariedade às famílias dos policiais que perderam a vida e dos que ficaram feridos. Nenhuma homenagem será capaz de preencher a ausência de cada um desses heróis. Mas essa Casa reconhece a relevância e a referência do sacrifício de todos eles", declarou Celina. Celina Leão durante discurso no Sendo nesta quarta (12 de novembro) Geraldo Magela/Agência Senado Crime organizado e terrorismo Na fala, Celina também criticou as discussões das últimas semanas acerca do pacote de enfrentamento ao crime organizado enviado pelo governo à Câmara. Após a operação considerada a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro, governo e oposição entraram em um embate acerca do projeto de lei antifacção. O texto ficou sob relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) e o parlamentar chegou a apresentar versões que buscava equiparar facções criminosas com grupos terroristas, o que não agradou ao Palácio do Planalto. Projeto Antifacção: entenda como é a atuação da PF e o que Derrite propôs de mudanças "Essa guerra ideológica, de falar se é terrorismo ou se não é... O que eu acho é que a população do Brasil espera o resultado finalíssimo disso, qual vai ser a pena para isso e para esse tipo de crime, e eu acho que essa Casa [Congresso Nacional] é o lugar adequado para fazer esse tipo de debate". Em meio às discussões, Derrite já apresentou três versões diferentes do texto. O mais recente, desta terça-feira (11), endurece penas, cria tipos penais específicos para ações de facções e amplia instrumentos de investigação, mas não altera a Lei Antiterrorismo e não mexe nas regras que tratam das atribuições da Polícia Federal. "Qual vai ser o nome desse crime, isso pouco importa. O que importa realmente é apertar a pena, para que esses bandidos não saiam nem em liberdade provisória. Sem benefício de saidinha e não tenham nem um tipo de benefício", declarou Celina. Megaoperação no Rio: Moraes aponta contradições e determina envio de laudos e dados de prisões LEIA TAMBÉM: HOMICÍDIO: Foragido mais antigo do DF vai a júri popular nesta terça VÍDEO: passageiro ameaça e assalta motorista de aplicativo no DF Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.